2º mês
Ela já interagia comigo. Sorria, chorava, gritava, observava. Cada ato meu tinha uma reação imediata. Rubi era curiosa! Virava o pescoço para os dois lados várias vezes em um minuto, parecia até que ia quebrar (risos) ou que ela não queria perder nenhum detalhe do que acontecia ao seu redor. Atendia pelo nome e demonstrava gostar dele. Ainda preferia ser chamada de linda. Parou de golfar imediatamente após eu trocar sua roupa. Continuava não deixando eu limpar seu rosto direito, detestava que eu passasse qualquer pano. Notei várias vezes ela fazendo bolinha de cuspe. Perdeu metade das roupas do seu enxoval (e olha que não foram poucas). Fazia gracinha pra chamar atenção, jogava charme de lado para que conversassem com ela. Ria para as pessoas desconhecidas durante passeios de carrinho. Ah, adorava passear de carrinho e de carro. Dá gargalhadas altíssimas enquanto dorme. Enjoou de Bob Marley for Babies e adorava ouvir música eletrônica. Começou a acompanhar a mamãe nos abdominais, e gostava muito disso. Não gostava de ficar sozinha, reclamava até você não aguentar mais e ceder. Comer devagar? Esquece... ela sempre resolvia sentir fome no mesmo momento, será que era o cheirinho de comida?! Fazia biquinho pra soltar pum. Soltava pum alto igual gente grande, morria de vergonha dela resolver fazer isso em algum lugar incomum e pensarem que foi eu. O cabelo continuava caindo e na raiz já apontava os inevitáveis fios loiros. Pedia para mamar mas na verdade só queria dormir com a face grudada em meu seio. Sentia cócegas nos pés e axilas. Gamou na chupeta redonda. Rolava o berço todo, em questão de segundos lá estava de ponta cabeça. Dormiu com a mamãe o mês inteiro. E me fez mais feliz e apaixonada a cada novo amanhecer. Era possível ver o quanto Rubi preenchia a minha vida apenas me olhando com certo empenho, era visível o quão me tornei mais corada, cuidadosa e sorridente. A vida seguia de maneira natural, doía, mas era gostosa de se viver e redescobrir. Cada dia com Rubi era uma nova cor.

Mais uma vez a vovó Claudia caprichou no Mês Aniversário da Preciosa, em sua casa. Algumas fotos:
Com a vovó Claudia!


 
Faz alguns dias que algo curioso ocorreu mas só agora consegui parar pra escrever sobre.

Rubi estava com seu brinco de bolinha. Até que na madrugada notei que um brinco tinha sumido.

Pela manhã procurei pela casa toda. Embaixo do tapete, da cama, do berço, atrás de móveis, ... e nada de achar o brinco. Ora, um bebê tão pequeno não frequenta tantos lugares, e, naquele dia antes de notar o sumiço do brinco, Rubi foi do berço pra cadeirinha e só.

Passaram-se três dias e eu fui surpreendida. Não costumo olhar todas as vezes que ela faz cocô, às vezes é tão sufocante o cheirinho de iogurte que fica na fralda que eu troco sem ver. Mas naquela vez específica eu quis olhar sabe se lá porquê. Gente... o brinco estava ali! Misturado ao cocô. Rubi havia engolido o brinco! Inúmeras coisas passaram pela minha cabeça, eu chorava desesperadamente e ela me olhava curiosa, sem entender a arte que tinha feito. Chorei por medo do que poderia ter acontecido. Chorei pelo livramento. Chorei de alívio. Chorei agradecendo a proteção e o primeiro milagre do meu anjinho. Chorei e mimei ela como nunca. Alguém ainda dúvida que a saúde dela é de ferro e é blindada por Deus?

Nenhum mal poderá atingir minha preciosa Rubi, amém.

Imagina isso dentro do corpinho dela?! :(


* Mesmo eu não desgrudando dela, isso aconteceu. Não foi descuido.
*Mães de menina, sempre verifiquem a tarraxa e apertem o máximo que puder. Se sua filha for muito agitada, vale repensar o uso de brincos.


... a gente nunca esquece, principalmente se... ah, deixa eu contar desde o início!

A maioria das pessoas que me conhecem, sabem da história do meu filho, do motivo de sua morte, os meus motivos para correr atrás de oportunidade para outros bebês e tudo o que isso transformou em minha vida. Foi um dia imensamente doloroso. Benício morreu poucas horas depois de conseguir transferência para o Prontonil, em Nova Iguaçu. E é aí que as histórias se cruzam.

Essa troca de estações e alternância temporal fez com que meu marido resfriasse. Assim, consequentemente, tossindo em casa, eu resfriei também. Como já era de se esperar, sobrou até para a Rubi. Olha, o primeiro resfriado é torturante. Um bebê tão pequenino não sabe colocar o catarro para fora da garganta, fica tossindo e engasgando toda hora. Spray de soro fisiológico tem que ser de uma em uma hora, com a garganta ruim e o nariz congestionado, ela vai respirar como?! E as febres... chato demais. Mas se você sobreviver ao primeiro resfriado sem se desesperar, estará preparada para os tantos outros que virão. Infelizmente, a imunidade deles é baixa no primeiro ano de vida e não tem o que fazer a não ser cuidar e esperar passar.

Após uma semana nesse ciclo de nariz entupido, tosse com catarro, cansaço e febre, e, sem conseguir marcar um pediatra pelo plano de saúde, resolvemos ir à emergência de um Hospital, pois, ainda que ela estivesse bem seria uma espécie de micro consulta e nos daria um certo alívio.

Barrili estacionou o carro. Eu não conseguia sair. Nem abrir a porta. Minhas pernas tremulavam. Meu corpo suava frio. Minha cabeça rejeitava aquela situação. Não. Eu não podia fazer aquilo. Mas fiz. Saí do carro e peguei a Rubi da cadeirinha. No primeiro passo adiante pude me ver, esticada num banco do lado de fora do Hospital, com muitas pessoas chorando e gritando ao meu redor, mas eu silenciava e olhava para o céu. Era um dia chuvoso, as gotas despencavam e tocavam meu corpo lentamente. Talvez tenha sido o meu maior momento de conexão com Deus e a única vez em que não tive reação ao que me acontecia. Isso fora há quase dois anos. Nada parecido com aquele solzinho aquecido de início de primavera. Eu estava de volta ao Prontonil. O banco já não estava mais lá, mas o vi com toda a clareza de detalhes guardados em meu coração. Segui até a porta do Hospital, foi quando a primeira lágrima caiu. Era inevitável. Olhar para o corredor e me sentir correndo entre tubos, médicos, enfermeiros, bombeiros e sabe se lá Deus mais quem. Segurando meu filho num medo enorme de que, com minha fraqueza, ele caísse. Agarrado ao meu peito, desesperado. Me desesperando. Entrar com Rubi calmamente só me fez sentir falta daqueles últimos momentos avassaladores com meu Benício no colo em vida. Se soubesse, se, ao menos cogitasse o pior, eu teria feito mais devagar, com certeza. Eu não conseguia dizer uma palavra a atendente da recepção. Ela me olhava como quem diz "o que você veio fazer aqui" e eu pensava "não faço ideia". Eu tenho essa mania de cutucar a dor. Todos me olhavam com certo desajeito e eu chorava sem receio. Ninguém ali sabia o que se passava no meu coração, e dane-se. Eu não precisava conter a minha angústia para fazer qualquer outra cena se não a que eu sentia verdadeiramente.

Demorou quase nada. A pediatra de plantão nos chamou e Barrili foi logo explicando toda a nossa vida, ele se sentia mais seguro assim. Como se isso fizesse nossa filha ter mais importância, mais cuidado. E, de certo, eu concordo com ele. Os profissionais da saúde sempre se esforçam ao máximo quando sabem o que nos aconteceu. Ela examinou Rubi criteriosamente e no final disse que era só um resfriadinho mesmo, que eu já estava fazendo a coisa certa e que ela está maravilhosa!

Ao sair, antes de bater a porta voltei para agradecer mais uma vez, a médica estava com lágrimas caídas sobre seu bloco de receituário. Certamente se emocionou em pensar no nosso sofrimento, medo e como qualquer tosse nos apavora.

Voltamos para casa com uma dorzinha latente mas com a certeza de que nossa preciosa estava bem.


Estou bem atrasada. De fato. Mas o blog é um reflexo do que tenho vivido: Estou inteiramente dedicada a Rubi. Penso que a melhor maneira de explicar essa nova fase da vida é com o que melhor eu sei fazer, escrevendo.



--------------------------------------------------------------------------


1º mês
Chegou a menina de doces olhos. Ela era tão branquinha e macia que me lembrava um algodão. Quanta delicadeza havia em seus traços. Não nasceu nem careca como a mãe, nem cabeluda como pai, meio termo. A cada dia seu cabelo caía mais, não via a hora de se tornar loirinho. Eu passei noites em claro. Não porque ela dava trabalho ou era geniosa como a mãe, mas por não querer perder um segundo da sua vida. Tanto medo eu senti. Vou dizer nas claras palavras que rondavam a minha mente: Eu tive medo de que ela morresse e eu não fitasse mais teu doce olhar. Já aconteceu outrora e por isso eu sabia que nossa convivência seria difícil. Eu com minhas aflições. Ela com suas necessidades. Eu assustada, e ela também. Houve um dia em que Rubi engasgou, o primeiro deles - foram tantos. Engasgo normal de bebê guloso que abusa na sucção do peito e se afoga no leite. Mas para mim... ah, era como repetir a mesma cena de quando teu irmão adoeceu, tudo começou num momento de engasgue e os minutos seguintes mudaram minha vida. Era como um teste. Uma tortura talvez. Acredite, eu me mantive calma nessa e em todas as outras vezes que se sucedeu. Não deixei que meus pensamentos atrapalhassem o auxílio que ela necessitava. Me peguei em vários momentos a comparando à Benício. Eles eram parecidos, apenas isso. Em tudo se diferenciavam. Rubi crescia ferozmente! Desde o primeiro dia agarrou meu peito e não soltou mais. Seus olhos se tornaram multicoloridos com o passar dos dias. Hora azul, hora verde, mas acho que já se definiu castanho. Conversava o tempo todo. Exigia atenção, queria beijos e mais beijos. Se felicitava especialmente quando papai e mamãe cantavam e dançavam com ela, fazendo hot dog de Rubi. Foi um mês difícil, cheio de realizações e recordações. Ao mesmo tempo que sorriamos e agradecíamos por tua vida, chorávamos abraçados o receio de teu sofrer. Nos esforçamos. Tentei ser a melhor mãe que ela pudesse querer, espero ter conseguido agradá-la. Ainda não acredito que só nos conhecemos há um mês, eu poderia dizer que a tenho a vida toda.

Algumas fotos do Mês Aniversário feito com todo carinho pela minha mãe:



Dói. É difícil. Tem que insistir. Dá febre. Empedra. Racha. Arde. Enche muito. Ou parece pouco...
É fácil ver essas opiniões por aí numa rápida pesquisa ou perguntando à amigas que já são mães. Não vou dizer que é mentira, é isso, e muito mais.

Nenhum seio é idêntico, assim como nenhuma mãe e sua forma de amamentar. Vou lhe dizer: amamentar é oferecer amor em forma de leite. Por isso é importante que você se dedique. Seu bebê passou nove meses dentro de você, acha que ele não conhece o seu coração? Rubi sabe bem se estou mais agitada, triste, alegre, tranquila. Nós criamos esse elo e você precisa criar com o teu filho também. Acredito que as emoções são transmitidas nesse momento.

O leite a princípio é amarelado e com aspecto "gordo" (foi a definição que o sr. Barrili deu), chamado colostro.  Um pouquinho já irá saciar pois o recém nascido possui reservas de água no estômago. É considerado a primeira vacina por ser rico em proteínas e anticorpos. Ou seja, você precisa oferecer isso para o seu bebê!

Ainda na maternidade
Independente do tipo de parto, ofereça o seio assim que possível. Não espere o bebê chorar e te desesperar tentando segurar ele, o seio e ainda ter que ver se a pega está correta. Não se importe com a quantidade, segure o bebê até que o mesmo largue o seio. Caso tenha dificuldade com a pega, peça ajuda à enfermeira ou pediatra. Em algum momento o pediatra vai lhe visitar para verificar se já conseguiu amamentar, é um pouco constrangedor, mas não se acanhe em pedir ajuda. Na maternidade em que Rubi nasceu, a pediatra chegou me amedrontando. Não é que fosse grosseira, mas me senti um pouco tensa e inibida quando ela disse: "Já trouxeram o bebê? Já conseguiu amamentar? Não basta ter leite, você tem bico? Já te avisaram que você só vai ter alta quando estiver amamentando direitinho?". Sério, ela era sinistra. Mas eu sou mais, risos. No momento em que trouxeram a Rubi do berçário, coloquei a menina para mamar e de primeira acertamos. Sorte? Pode ser. Pois eu penei com meu primeiro filho.

Com Benício, o primogênito, a história foi diferente. Na maternidade, passei a madrugada inteira tentando encontrar uma posição que não doesse por causa da cesárea, eu tinha bico invertido, seios enormes e ele era preguiçoso. Insisti, chorei, achei que não estava saindo nada, fiquei com raiva. Tudo errado, agora eu sei. Até menti para a enfermeira, dizendo que tinha conseguido só pra não dar leite artificial no copinho - não foi negligência minha, como disse logo acima, os recém-nascidos possuem reservas de energia suficientes para ele esperar. Olha, eu sofri. Sofri lá e em casa. Tirava leite na bombinha pra dar à ele na mamadeira, até complementava com leite artificial (vejam só vocês, logo eu que esbanjo jatos de leite! Mas não sabia como tirar do seio), como se eu fosse deficiente e não pudesse amamenta-lo sozinha! Chorei muito por isso, mas não desisti em momento algum. Então, mãezinha que está sofrendo pra amamentar, eu conheço o teu coração. Não desista. Eu sofri porque fui uma mãe boba que não pediu ajuda.

Sobre a pediatra, ela voltou pra me fiscalizar e eu estava sentada com a Rubi mamando ferozmente. Perguntei se estava sugando corretamente e ela disse: "Está perfeito, as outras mães estão sofrendo pra conseguir, parabéns!". Ai que orgulho, minha gente!!!

Lar doce lar
Nada como estar em casa. Especialmente para sentar na minha queridíssima cadeira de amamentação, com minha maravilhosa almofada de amamentação, com meu abajur para amamentação, risos. Eu achava tudo isso desnecessário, mas preparar um cantinho especial foi fundamental para dar tudo certo. Os primeiros dias são complicados devido ao cansaço por causa do parto e adaptação a nova rotina.

Entre o primeiro e terceiro dia o leite desce, este é mais branquinho e "ralo" (definição do sr. Barrili) e provavelmente as mamadas serão mais longas e em períodos curtos e com o tempo o organismo do bebê e o seu vão se adequando ao necessário. Até lá pode ocorrer o excesso de leite, como no meu caso. Nessa fase era tanto leite que eu tinha que extrair com a bombinha antes e após a mamada. Sim. Eu passei dias inteiros tirando leite e amamentando. Nesta fase o recém-nascido mama de dez à 20 minutos em casa seio, mas não se preocupe em ficar trocando ele de seio em todas as mamadas, às vezes sete minutinhos em um só seio já são suficientes para ele. Bebês choram se estão com fome, não se preocupe.

Auxiliares à amamentação
Meu extrator de leite é da Avent, entretanto, certamente, numa futura gestação vou optar pelo elétrico da mesma marca. Parece frescura mas experimente ordenhar o dia inteiro! Meus dedos quase atrofiaram, risos.
Além disso, precisei de conchas coletoras de silicone da Avent. Levei vários banhos de leite com ela, pois enchia rápido demais e então passei a usar mais o Absorvente para seios da Johnson. Entenda, eu tenho MUITO leite.
Tenho também mamadeiras (kit com três) e esterilizador de mamadeira (o qual o marido me fuzilou quando abriu a caixa e viu que era só um pote com furinhos que vai ao micro-ondas)... sério, nem sei se vou usar esses trecos. Acho que comprar mamadeira antecipadamente é um tiro no escuro. Rubi nem sabe o que é isso.

Quando o leite parece insuficiente
Não existe essa história de "parei de amamentar porque tinha pouco lente", pode até ser, mas se completarmos com "... e não persisti o quanto deveria.". Afinal, amamentação requer insistência. Se o bebê fica inquieto durante a mamada, parece irritado e com fome pouco tempo após, sua produção pode estar baixa. Alguns métodos naturais podem ajudar como beber muita água, evitar chupeta (para que o bebê passe mais tempo estimulando o seio), esvaziar os seios após a mamada (quando se esvazia totalmente a produção é estimulada), tomar chá de erva-doce.

Dar leite artificial pode ser uma prescrição do pediatra mas lembre-se que pouco é melhor que nada, não deixe de oferecer o seio. Se essa for a sua alternativa, tente antes disso um medicamento prescrito pelo pediatra específico para aumentar a produção, o leite que sai de seu corpo é muito mais saboroso e valioso.

Bebê preguiçoso
Eu já tive um recém-nascido preguiçoso e sei bem o que é isso. Se o seu não acorda para mamar, experimente tirar algumas peças de roupa e pode até deixa-lo peladinho. até que desperte. Outra alternativa é amamentar com o bebê mais sentado do que deitado.

Leite empedrando
Água quente ou fria? Essa é a dúvida. Se já tiver empedrado, água quente, de preferência no chuveiro e fazendo leve massagens até desobstruir cada "pedrinha" e ordenhar o excesso. Caso os seios estejam muito cheios e sem pedras, uma toalha umedecida com água fria ajuda a diminuir a produção de leite.

Pra relaxar
É normal que como mãe fiquemos receosas mas aqui vão alguns sinais de que está tudo certo:
O cocô é esverdeado escuro nos primeiros dias e logo se torna amarelo-gema;
A fralda fica encharcada de xixi;
O bebê está cada dia mais pesado;
Parece esperto e responde sinais tais como o som da voz.

Pós-mamada
Muito importante e pouco citado, os minutos após a mamada devem ser levados em conta ou o seu trabalho será prejudicado. Colocar o bebê pra arrotar é fundamental para que aquele arroto preso não faça ele golfar ou se transformar em gases intestinais acarretando as temíveis cólicas. De pé, com o recém-nascido em posição vertical apoiado no ombro, dê leves batidas sincronizadas nas costas. Aguarde 10 minutos antes de deita-lo.


Quase nada é tão gostoso quanto ver seu bebê crescendo e saber que você é a fonte de alimento que ele precisa para isso. Eu amo amamentar. Atualmente, em vinte um dias de amamentação, estamos tão sincronizadas que eu consigo amamentar, comer e visualizar mensagens no facebook ao mesmo tempo ha-ha-ha
Minha produção de leite ainda é excessiva, por isso estou doando. Sou adepta da amamentação solitária, reservada à mãe e ao bebê com clima tranquilo.
O segredo é não desistir!


Espero ter ajudado as futuras ou recém mães!
Próximo post sobre amamentação é "Amamentação emagrece ou engorda?", não percam!


Eu estaria enlouquecida. Teria de ser algo simples, em casa mesmo, por mais que merecesse uma festa grandiosa. A imaturidade da Rubi tinha que ser respeitada. Ainda assim teria bolo e balões em cores azul e vermelho, eu o vestiria com uma fantasia bem bonita, já estava nos meus planos mais remotos o Capitão América. Mas essa não é a minha história, nem vai ser.

Faz frio neste quinze de agosto, o segundo que passo sem teu cheiro. Seu aniversário não é a comemoração de seu crescimento mas a lembrança de a quanto tempo estive bem perto de você. Ó pedaço arrancado de mim, ainda dói tanto. Eu pareço forte, na real sou um poço de insegurança que chora por você ao mesmo que clama piedade divina. Eu preciso ser forte mas ainda tenho um coração e memórias e cada ano - por mais que eu me esforce em sorrir e agradecer pelo tempo em que foi meu - sua ausência vai me consumir.

Faz frio. Muito frio. De deixar o nariz gelado e se vestir em camadas de roupa. Deitada, velo o sono de Rubi. Não a deixo dormir um sono profundo. Beijo, abraço, troco de lado e falo sem parar. Eu estive um tanto sozinha, é bom ter ela como companhia. Mas sempre vou fantasiar a vida que eu queria ter. Com meus dois filhos. Não há vazio maior do que aquele que não pode ser preenchido. É como disse outro dia, "ser mãe é fazer chover no deserto".

Se eu tivesse que dizer algo para quem vive a mesma situação, seria:
Chore, nobre mãe. Alivia teu coração. Chore bravamente e deixa esse receio de lado. Jogue fora o que é excesso para o que foi bom ser lembrado outra vez. Repense sua história. Uma, duas, dez vezes. Lembre o porquê e como chegou até aqui. Perceba o quão valioso teu aprendizado é. Não abaixe a cabeça, não sinta pena de si mesma. Acredite em algo, tenha fé, tenha pelo quê viver e ser melhor. Toda essa história de que um filho não substitui o outro é verdade, ao contrário disso, as lembranças doloridas ficam ainda mais pertinentes. Mas você quis ser mãe. E sempre será. Filhos são bons fardos que escolhemos nos doar por inteira. Cada pessoa tem uma história aqui, respeite a de seu filho e aceite a sua.

 

Neste quinze de agosto eu tenho muito do que me orgulhar; ver o quanto cresci como pessoa, mulher e mãe. Aprendi tanto com Benício e aprendo a cada dia com a Rubi. Entretanto aprendi principalmente comigo e descobri que posso enfrentar o que for preciso. Por isso digo que vim a este mundo para ser reprodutora, deixo meus filhos livres para viverem o seu destino e só peço a Deus sabedoria para lidar com cada adversidade da vida.

Feliz quinze de agosto, feliz dia da gestante, feliz 2 anos que sou mãe.

E o Relicário voltou com todo o vapor! :D


 
Doce sonho seria cria-los. Observar enquanto descobrissem o mundo. Me sujar de lama e ser o alvo da guerra de travesseiros. Mas, além dos ensinamentos que Benício deixou em meu coração, o que Rubi receberá são algumas peças que o pertenciam.
 
Muitos me perguntam sobre o que fiz com o que era de meu primogênito. Num primeiro instante eu não fiz nada. Encarei o berço, as roupas, a mamadeira com restinho de leite sob a cômoda, a toalha molhada no varal, meias perdidas pelo chão da casa. Não tinha forças para afasta-lo de meus pensamentos, eu o queria ali, presente, vendo cada pedacinho da minha dor e percebendo o quanto era amado. Sou grata pela força que ele teve para viver, insistiu de uma maneira que poucos que vivem uma vida inteira tem coragem de fazer. Eu o queria vivo, ainda que não pudesse toca-lo.
 
Ao passar dos dias, fui recolhendo um a um cada objeto que encontrava. Eram horas agarrada ao pé do berço, ou até mesmo escondida embaixo do mesmo. Colocava nosso cd de músicas preferidas para tocar, fechava os olhos e podia ouvir teu choro ecoando e aos poucos aliviando. Até que, após criar coragem de colocar o pé para fora de casa, voltei e me deparei com meu marido a desmontar o berço. Tive que encarar que era o momento. Guardado até pouco tempo, uma enchente na cidade em que morávamos fez com que eu o doasse. Mas, as outras coisas foram embora bem antes disso. Inicialmente eram três caixas grandes. Com o tempo, sobrou uma pequena caixa. Nela, coube todo o meu amor: uma chupeta, um mordedor, algumas peças de roupa, fotografias e o tubarão azul.
Guardei roupas que jamais conseguiria ver em outro bebê, a não ser, em outro filho. E, chegou a hora delas saírem da caixa e preencherem com suas cores o enxoval da Rubi.
 
O primeiro macacão que vestimos o Benício. Me remete cheirinho de coisa boa, bonita, nova. É amor! E ninguém tem dúvidas de que é a roupinha que mais amo, risos. E eu posso comprar 100 macacões novos, este, com certeza, será o primeiro que Rubi usará. E o desejo é de perpetuar a herança para os próximos filhos.
A roupinha mais usada pelo Ben, de certo, risos.
Amor infinito por este conjunto. A maioria das vezes que saimos para jantar, ele estava com essa blusinha. Nem me pergunte o porquê, pois, não faço ideia. Acho que mentalmente ele me dizia ser sua preferida.
O conjunto de elefantinho é recordado pelo dia em que meu bebê chorava tanto, mas tanto, que não conseguia vesti-lo. Então abracei-o peladinho mesmo, e ele fez cocô em mim, na toalha, na roupinha, enfim. Sempre me fazia sorrir quando tentava vesti-lo assim novamente.
Este foi presente de uma amiga minha. Benício usava como pijama. Me faz relembrar belas manhãs com cheiro de café fresco e marido na beira da janela observando a rua com o bebê no colo. Numa das minhas fotografias preferidas dos dois juntos, ele está com esse macacão.
Conjunto de frio chega a ser ironia. Ah, como era quente a cidade em que morávamos. Ele ganhou de minha tia, exceto a touca que foi presente de uma das madrinhas. Inesperadamente, aconteceu um dia muito muito frio. Logo coloquei essa roupa nele. E que gostosura, passei uma tarde chuvosa inteirinha o enchendo de beijos e apertos.
Alguns bodys mais usados. Percebam que não guardei roupinhas novas ou que ele quase não aproveitou. A intenção era ter peças que realmente o representasse.
Para quem acha que só guardei itens de maior valor material, com essa blusinha terão a certeza de que há mais sentimento do que tudo. Fazendo compras no hipermercado Extra, me deparei com ela, amei e deixei o papai todo bobo. Farei ele sentir o mesmo com a Rubi.
 
Ufa. Foi muito difícil escrever dessa vez. Imaginam quantos dias demorei para fotografar todas as peças? E, não estão centralizadas porque foi difícil segurar a câmera sem tremer. Estão amarrotadinhas porque assim saíram da caixa, logo lavarei e passarei à espera de um corpinho gostoso para usar.


Na espera pelo bebê, aumenta a preocupação com os cuidados na alimentação mas muitas grávidas se dão ao luxo de desculpas como "posso comer por dois", "ou eu como isso ou eu vomito", "desejo, desejo e mais desejo". Existem coisas que sabemos que faz mal, e mesmo assim, nesta fase, insistimos em comer de vez em quando. Porém, na gravidez, o efeito é muito maior, afinal tudo está sendo dividido com o seu lindo feto. O melhor é garantir seu desenvolvimento com saúde. Esqueça o "comer por dois" e foque em comer pelos dois.
Não só para o bebê, os efeitos de uma alimentação ruim apresentam claros efeitos como tontura, desmaios, moleza. E quem é que consegue curtir uma gestação quando mal consegue levantar da cama ou está sempre reclamando? Por isso, separei alguns alimentos primordiais e outros que é melhor esquecer - pelo menos por enquanto. Obviamente, somente o nutricionista poderá informar o que de fato é melhor para o seu organismo.
 
A alimentação de três em três horas deve ser mais do que respeitada. É que excedendo este período, a taxa de açúcar cai e já começa te deixando indisposta. Se a recomendação era beber no mínimo dois litros de água antes da gestação, agora, está na hora de beber pelo menos três litros de água - com as idas constantes ao banheiro é fácil de desidratar. Em um prato colorido e diversificado é possível encontrar fontes de uma alimentação saudável.
 
Feijão, fígado, ovo e verduras verdes são fontes de Ferro.
Para aumentar a absorção de ferro, ingira vitamina C na mesma refeição, como tomate, brócolis, couve-flor ou limonada por exemplo. Além disso, a vitamina C é antioxidante, então abuse das frutas na hora do lanche e evite flacidez e outros probleminhas indesejáveis.
A vitamina B6 é importantíssima e muitos médicos já recomendam toma-la em capsulas. Além de diminuírem os enjoos, acnes e diversos outros problemas menstruais, alguns estudiosos alegam que deixa o feto mais inteligente. Se é ou não, vale a pena arriscar. Pode ser encontrada em milho, leite e derivados.
Fundamental desde o princípio da gestação, a vitamina B9, mais conhecida como ácido fólico, logo é recomendada em comprimido. Mas há formas naturais de se obter um pouco desta vitamina, como na ingestão de vegetais verde escuros, cerais e frutas cítricas.
Especialmente em meados do segundo trimestres, as cãibras já podem começar a perturbar a rotina da mulher grávida. Para evita-las, o melhor é ingerir boas vontade de Magnésio como banana, água de coco, nozes, frutos do mar e feijão. Além das cãibras, alivia sintomas de fadiga e cansaço.
A vitamina D, presente em ovos, fígado, leite (e derivados) e no banho de sol é importante para fixar o cálcio nos ossos.
 
Estas são apenas as principais. Vamos fazer resumão! Alimentos coringas? Ovo cozido (ferro, cálcio, niacina, tiamina e vitamina A), feijão (ferro, proteína e magnésio), carnes (ferro, proteína, lipídeos, vitamina D e B6), verduras e leguminosas (ferro, vitamina C, ácido fólico, niacina e tiamina), frutas (vitamina C, B9 e A).

E o que não ingerir? Simples. Frituras, muitos doces ao leite (gordura pura que não se dissolve), refrigerantes, café, alimentos gordurosos.
 
Espero ter auxiliado. Este guia serve para tentantes, gestantes, lactantes e pessoas que querem viver com hábitos saudáveis.
 
Nas próximas postagens, vou abrir mão de meus segredos e resenhar sobre minhas receitinhas favoritas neste período.


Muitas mamães se vislumbram com a vida de gestante e após o parto, poucas se dedicam a pensar em como será o dia de seu parto. Além de querer o melhor para você é preciso pensar nos benefícios que pode ocasionar ao bebê exigindo pequenas atitudes. Lembre-se: O parto é de vocês.
 
O bom parto para a mãe
O bom parto não é aquele em que se faz o que lhe dizem, e sim, o que você faz ele ser, com escolhas pré-definidas; este é o bom parto. Afinal, o que é relevante? E o que não é? Já pensou em como será, com todos os detalhes possíveis? E se algo não sair como esperado, qual a alternativa?
Aproveite a gestação para ler bastante e elabore um Plano para o Parto.
Com ele você evita imprevistos, deixa claro exatamente o que quer (e não quer) para a equipe médica, explora cada fragmento necessário te fazendo entender ainda mais esse processo louco e maravilhoso que é trazer alguém no mundo.
Se o seu acompanhamento está sendo feito pelo plano de saúde, converse com o médico sobre o trabalho de parto como sugestão para o seu Plano de Parto. Já se o acompanhamento é realizado pelo SUS, vá até as maternidades mais próximas e se informe sobre os processos do parto.
O Plano de Parto já é uma recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para as parturientes.
Pense exatamente no parto que quer: domiciliar, na água, na cama, no hospital, na maternidade, pelo SUS, pelo plano, particular, com doula, com médico, com anestesia, sem anestesia, com epsiotomia... existem infinitas possibilidades de trazer o bebê ao mundo e o parto define muito o seu estilo de vida. Opte pelo parto em que mais se sentir confortável. E além de se preocupar com o que você quer, anote o que não deseja de forma alguma. É um direito seu. Na hora do parto ficamos muito afobadas e esquecemos de uma série de exigências, muito menos conseguimos nos comunicar perfeitamente com a equipe, é aí que entra o Plano de Parto. Pensado e estudado pela mãe, merece ser respeitado, e, ainda que certos imprevistos não constem ali, designe alguém apto a decidir por você.
Para elaborar o seu Plano de Parto, além de conversar abertamente com o médico, a internet está recheada de boas informações que te ajudarão. Grupos de redes sociais e cursos para gestantes são grandes auxiliares. Procure relatos de mulheres que pariram no local em que provavelmente será o seu parto também, ficará mais fácil saber o que acontece e decidir suas preferências.
A partir do 6º mês, já se pode levar por escrito e pedir uma orientação do que é possível ou não ao médico que acompanha o pré-natal. Bons médicos já estão acostumados com essa decisão, mas, caso ele seja arredio, fuja dele. Assim como a maioria dos médicos são "cesaristas" e é difícil de encontrar um que permita a sua escolha, é preciso saber se este também respeita suas imposições. Se você, plenamente capaz de decidir alguma coisa, se sentir mal ao tentar conversar com o médico, imagina no dia do parto?
No parto do Benício eu nem sabia o que era isso. E olha que li bastante. Mas era medrosa, imatura e muito indefinida para tomar qualquer decisão. Acho que a probabilidade de acontecer isso com mães que tem parto sendo novas é bem maior do que com uma mulher cheia de ideais. Dessa vez, eu sou a segunda opção. Por isso já preparei meu Plano de Parto (sujeito à alterações até o grande dia):
 
PLANO DE PARTO - GRAZIELLE CAMARA BARRILI
Bebê: Rubi Camara Barrili
 
  • Premissas
- Entendo o parto como um processo fisiológico, sei dos meus limites e do que meu corpo é capaz, desejo que a equipe apenas me assista e intervenha se necessário ou solicitado.
- Possuo uma cirurgia de grande porte, cesárea realizada em 2012, urgência ocasionada por pré-eclâmpsia. Porém tenho tido um pré-natal saudável e isento das complicações da gestação anterior,  não vejo como motivo para me indicarem outra cirurgia.
- Gostaria que entendessem que o parto natural é muito importante para mim, por isso, me sinto apta mental e fisicamente para realiza-lo. Pretendo esperar por ele até 41 semanas.
- Suporto melhor a dor quando estou sozinha e em silêncio. Gostaria que se eu não for receptiva com conversas, respeitassem e não insistissem.
- Prefiro uma laceração de 1º grau à uma epsiotomia.
- A posição do bebê indefere minha opção de parto.
  • Trabalho de Parto
- presença de meu marido em todos os momentos;
- desejo que seja liberado o quarto com banheira;
- quero um tratamento adulto sendo chamada pelo meu nome, nada de mãe ou mãezinha;
- a não ser que eu solicite, desejo ficar sozinha na maior parte do tempo;
- sem rompimento artificial da bolsa;
- liberdade para o uso ilimitado da banheira e/ou chuveiro;
- liberdade para caminhar e escolher a posição que me sentir confortável;
- sem analgésicos/anestésicos, exceto se eu solicitar;
- liberdade para beber água e chupar picolé enquanto seja tolerado;
- nenhuma visita deve entrar no quarto sem minha autorização;
- apenas o meu marido tem autorização para fotografar;
- gostaria que o bebê fosse acompanhado pelo sonar, sem limitar meus movimentos ao cardiotoco;
- não quero exame de toque com frequência e excesso, pois me causará desconforto e ansiedade;
- pretendo me internar na fase ativa.
  • Parto
- sem epsiotomia;
- quero parir na posição que eu desejar;
- gostaria de tenta-lo na banheira, mas caso mude de ideia, que minha vontade seja respeitada;
- gostaria que utilizassem o mínimo de iluminação possível;
- gostaria que não conversassem entre si, exceto se for para me auxiliar;
- quero o menor número de pessoas no ambiente;
- desejo um ambiente calmo e silencioso para a chegada do meu bebê, não conversem comigo durante contrações e nem digam palavras de incentivo;
- lembrem-me de tocar o bebê quando estiver coroando;
- não vou tolerar que minha barriga seja empurrada para baixo;
- prefiro fazer força apenas quando sentir contração ou vontade, sem ser guiada;
- ter meu bebê imediatamente em meu colo após o parto, com liberdade para amamenta-lo;
- gostaria que cortasse o cordão após o mesmo ter parado de pulsar e consultassem o meu marido se deseja fazê-lo;
- apenas o meu marido tem autorização para fotografar;
- não quero que puxem o bebê, o tempo dele sair deve ser respeitado;
- caso eu não possa tomar alguma decisão, meu marido está apto;
  • Após o Parto
- aguardar a expulsão espontânea da placenta;
- ter o bebê comigo o tempo todo enquanto estiver na sala de parto, mesmo para exames e avaliação;
- não quero que seja administrado nitrato de prata nos olhos do bebê;
- desejo o quanto antes ser levada para o quarto com a presença do meu bebê.
- quero fazer a amamentação sob livre demanda;
- sem utilização de fórmulas artificiais para alimenta-lo caso tenha que ficar um pouco distante;
- em hipótese alguma, oferecer água glicosada, chupetas ou qualquer outra coisa do tipo ao bebê;
- administração de vitamina K (via oral), nos comprometemos em dar continuidade no uso;
- administração de antibióticos oftálmicos apenas se necessário e somente após o contato comigo;
- teremos a presença do pai o tempo todo, caso seja necessário me separar do bebê, o pai deverá acompanha-lo. É o pai que vai vesti-lo, pesa-lo e segura-lo para o que for preciso.
  • Caso a cesárea seja necessária
- quero a presença de meu marido na sala de cirurgia;
- anestesia peridural, sem sedação em momento algum;
- na hora do nascimento, gostaria que o campo fosse removido para que eu possa vê-lo nascer;
- gostaria que as luzes e ruídos fossem diminuídos o máximo possível;
- quero que não conversem durante o meu parto, exceto o essencial;
- após o nascimento, gostaria que meu bebê fosse colocado sobre meu peito e que minhas mãos estejam livres para segurá-lo;
- gostaria de permanecer em contato com meu bebê, enquanto estiver na sala de cirurgia sendo costurada;
- desejo auxílio para amamenta-lo.

*Finalize com local, data e assinatura dos pais e do médico responsável.
*Deixe este documento acessível, preferencialmente na bolsa do bebê. E no grande dia, designe seu marido a ficar com uma cópia em mãos.
 


 
Desde que voltei da Argentina, confesso, me tornei uma pessoa totalmente desleixada. Depois, ainda resolvemos emendar viagem para Penedo e São Paulo. Até esvaziei a bola de pilates pois estava "ocupando espaço demais". Alongamento? No máximo enquanto me banhava. E a comida? Era uma vez uma pessoa que não comia frituras e muito menos bebia refrigerante. Pois é. Eu me sinto extremamente culpada por isso. É que sem ter a opção de fazer comida caseira, acabei me alimentando com o que tinha, sem saber o preparo, o tempero. Desapeguei totalmente e voltei com esse espírito para casa. É muito fácil jogar toda a responsabilidade na gestação e comer qualquer porcaria, afinal, estou engordando naturalmente mesmo. Só que o pensamento está errado. E o hábito principalmente. Decidi dar um basta quando os inchaços pioraram me avisando "ô sua desnaturada, você teve pré-eclâmpsia da outra vez, vai ficar fazendo o seu corpo de lixeira e aguentando as consequências sem levantar o bumbum do sofá?". Segunda gestação. Segundo barrigão. Segunda chance de problemas com estrias, flacidez e peso extra. Ok. Tô fora. Plano de fuga? VAMOS LÁ.
Nem venha com essa, porque não vou falar meu peso, risos.

Faxina
Tem exercício melhor do que a rotina da casa? Estando grávida é fácil focar apenas na dor de abaixar e levantar, catar coisas, esfregar. Mas pense nos músculos se enrijecendo, o assoalho pélvico se preparando para o parto. Pensamento positivo, sempre. Faxina nunca é legal, mas é necessária.

Sinta-se bela, todos os dias
Essa falta de vontade de esconder as olheiras, de achar que estar grávida é usar qualquer roupa larga, não arrumar os cabelos, ... é difícil, eu compreendo. Mas manter-se bonita é primordial, seu corpo nunca terá curvas tão bem delineadas como nesta fase, então, ressalte as outras parte e não se preocupe apenas com alisar a barrigona. Se maquie, limpe a pele, esfolie o corpo, lambuze-se com um óleo cheiroso, abuse dos cremes e escolha um perfume que não te enjoe. Com cabelo eu sou muito relaxada, até mesmo para pentear, mas venho tentando uns penteados menos despojados. Falta fazer as unhas, raramente alguém me vê com unhas feitas, mas isso já vem de antes da gravidez (nunca tive muita paciência). Então a lição é essa: cabelo penteado, postura corporal, rímel e batom diariamente e cheiro bom. Marido/companheiro/alguém aí, merece. E prepare-se para os elogios!

Pegue leve no garfo
Parece que esqueci completamente como ser uma dama, risos. A vontade de comer era maior do que o estômago, cheguei a chorar certa vez que meu pai fez vários pastéis de queijo para mim e eu só consegui comer quatro, mesmo querendo uns quarenta. A questão é que se alimentando melhor, em curto espaço de tempo e menores quantidades, certamente a recompensa virá em disposição. Deixei de lado os chocolates e estou abusando das frutas da estação. Voltei a carregar barras de cereais e banana na bolsa para as eventuais saídas mais demoradas. E que seja apenas o começo dessa regularização alimentar.

Exercite-se
Mora em apartamento? Ao menos desça pela escada. Mora em sobrado? Pare de pedir para alguém pegar alguma coisa no outro andar. Mora em casa pequena? Vá ao mercadinho, açougue, padaria. Mostre essa barriga linda para o mundo! Além dos exercícios involuntários, dedique-se à uma atividade: Ioga, hidroginástica, caminhada, musculação leve, entre outras. Alongue-se logo que despertar pela manhã. Ao menos faça algo e não se sentirá culpada pelos quilinhos extras.

Tenha consciência de seu corpo
Saber a hora de parar ou começar algo é imprescindível. Hidrate-se bastante. Ultimamente tenho feito xixi tão constantemente que, a cada vez que visito o banheiro, bebo um copo de água. Não reclame por tantas vezes que tem que sair correndo, afinal, é pela urina que eliminamos o inchaço. Não faça exercícios estando com fome. Não faxine pesado. Não deixe de comer pensando no engordar, coma para se satisfazer.

Controle o peso
Nada de brigar com a balança. Ou desencanar dela. Além de ser saudável (e fazer parte do pré-natal), assim fica mais fácil se tocar das mudanças. Até então, quase 22 semanas de gestação e 6 quilos à mais. Meu limite são 9, mas se tudo der certo, vou parar nos 6kg e correr atrás do prejuízo agora mesmo. Na gestação do Benício foram vinte quilos engordados, eu era muito magricela e não consegui a façanha de voltar a ser antes da Rubi se instalar no corpitcho. Não vou repetir o feito. #magrezadevolta

Estou deixando o relaxamento de lado, aos poucos. Respeitando o meu tempo e meu bebê. Espero desintoxicar-me de todas as gulodices das viagens e logo exibir uma barriga ainda mais bonita. Chega de engordar, já tem gordura suficiente para a Rubi se desenvolver, risos.


Não vou falar sobre Tango. Muito menos sobre a Bombonera. Nem das feirinhas culturais. Apesar da viagem à Buenos Aires ter sido por passeio, acabou se tornando compras para a Rubi e lindos momentos à três. Esta publicação é referente a dicas na cidade portenha. Tenho muito o que contar, então, essa é a 1ª parte da viagem.
 
Faça uma lista
Em qualquer lugar, onde quer que eu vá, uma lista sempre me acompanha. Grávida sofre de amnésia e facilmente se encanta com tudo, é aí que entra a lista para nos manter com o pé no chão e comprar o essencial. No caso da Argentina, onde o idioma predominante é o espanhol, anote o nome das peças em espanhol também! Juro. Essa é uma ótima dica! Foi muito difícil descobrir o que era casaco em meio às compras.
 
Pesquise antes de viajar
Vou tentar ser mais específica possível, pois, não encontrei nenhuma resenha completa no Google. Uni várias dicas para descobrir a Buenos Aires que eu precisava e que possa auxiliar as futuras mamães a embarcarem para lá. Tente ser específica: se quer curtir shows de Tango, visitar o Zoológico de Lujan, conhecer as feirinhas artesanais, entre outras coisas. Tire o que de melhor o local pode lhe oferecer. Monte um cronograma com suas vontades (novamente estou citando uma lista, não é?! elas fazem parte da minha rotina, admito).

O que levar
Marido e eu levamos, cada um, uma mala de rodinha tamanho médio, praticamente vazia, a intenção era trazer as coisas de lá. Compramos aquele saco à vácuo que é maravilhoso. Em um tamanho P coloquei três camisas sociais para o felipe + o blazer + bermudas + camisas básicas + cuecas + meias. E no vácuo ficou super espremido. Ou seja, praticamente vazia, mesmo. Além disso, duas bagagens de mão. Uma bolsa grande e uma mochila, na qual levamos objetos de valor. Me arrependi demais por não ter levado o tripé, por isso não há tantas fotografias, tenho vergonha de fotografar sozinha com as pessoas olhando, se ele pudesse aparecer comigo seria mais divertido. Na bolsa leve o básico: perfume, kit higiene, carteira e um casaquinho.
 
Passagem de avião
Essa é uma dica do que não se deve fazer, risos. Barrili e eu sempre fomos do tipo que resolve na hora e dessa vez não foi diferente. Tentamos comprar a passagem com uma semana de antecedência, mas virou um "bololô". Como no site não aceita débito, fomos comprar no aeroporto. Eu sinceramente não entendo pra quê a tal praticidade de se comprar na internet se eles só querem o dinheiro que a pessoa "não tem", o tal cartão de crédito. Não temos o costume de comprar nada que tenha que parcelar. Se não dá pra comprar, aguardamos, é simples. Já no aeroporto tínhamos três opções: Gol, Tam e Aero líneas Argentina. Primeiramente, optamos pela Gol. Daí a atendente da companhia aérea  agendou a viagem para o dia errado e só nos demos conta depois de chegar em casa. Voltamos ao aeroporto no mesmo dia, pois me informaram por telefone que se voltasse em menos de 24h da compra daria para fazer a troca sem ter que estornar. Ledo engano. Além de gastar uma fortuna com táxi para voltar lá, a informação no atendimento da Loja Gol foi totalmente diferente e tive que estornar - com isso a grana que já havia sido debitada só voltará após 30 dias da compra, um abuso. Ainda bem que não contávamos com esse dinheiro, se não era "tchau, tchau, Buenos Aires". Para não enfrentar o transtorno de voltar ao Rio, fomos numa Agência de Viagens. Já não tinha mais passagem para o horário que gostaríamos, somente pela Aero líneas Argentinas que pelo que notei é a que sairia mais em conta e com voos diretos. Inacreditavelmente, nenhuma das três em que fomos aceitava a bandeira de cartão Elo. Vou aproveitar pra me queixar dessa porcaria de bandeira que o Banco do Brasil trocou sem aviso algum (antes era visa), a queixa vai ficar pior no próximo post que será escrito pelo marido. Com a agência do banco fechada, não dava para sacar o valor. Voltamos para casa frustrados. Às 2h da madrugada resolvi arrumar as malas com o pensamento de que iria de qualquer jeito. No dia seguinte fomos ao aeroporto, compramos a passagem e às 11h embarcamos. Não façam isso. A chance de dar errado era muito alta. A propósito, optem pelo aeroporto de Ezeiza, fica à 35km do centro da cidade.

Taxi
Assim que desembarquei, vi várias lojas de táxis, ainda no aeroporto. Não opte por ir com um taxista qualquer, eles ficam do lado de fora do aeroporto à espera de um passageiro/vítima. Muitos nem são cadastrados. Compre a passagem em uma das lojas lá dentro. Saiu até mais barato do que na volta em que pegamos um táxi qualquer. No dia-a-dia, há uma quantidade incrível de táxis circulando. A dica que encontramos era de ligar para o radio táxi, mas sinceramente arriscamos o que parasse primeiro mesmo. A minha dica é pagar com notas menores que $100 ou $50, para evitar ser enganada com notas falsas. Trocos menores não compensam a falsificação, daí não fazem.
 
Hotel
O que eu realmente indico é comprar com antecedência pela internet em sites como o Decolar.com. Principalmente o pacote passagem + hotel. O valor no site variou R$1.000 a menos do que pagamos por dois motivos: Um é que pelo site (até mesmo dá própria companhia aérea) há promoções, enquanto que nos guichês são preços tabelados. Outro é que comprando pacote você ganha desconto. Ou seja, um prejuízo para apressadinhos como nós.  Após resolver a forma de pagamento é importante escolher bem o local/bairro. Muitos preferem ficar no Palermo (Palermo Soho ou Palermo Hollywood) por ser movimentado a noite, ter vários barzinhos e restaurantes. Mas a minha dica para as gravidinhas é que depois de bater perna procurando mimos para o bebê, o máximo que você vai fazer é querer ir num restaurante só para comer, mas vai fingir bem que é para manter o romantismo durante a viagem - mesmo com suas pernas inchadas latejando, risos. Foi por isso que optamos ficar bem no centro dessa linda cidade. Dava para fazer tudo andando! Pontos turísticos, lojas, e, para lugares em que a preguiça reinava, íamos de táxi. Indico com toda certeza o Hotel que ficamos, Riva Urban. Reservei pelo site decolar, mas só paguei no último dia da estadia. Já deu pra perceber que é bem difícil eu sofrer algum problema com cartão, sou extremamente cuidadosa. Algumas fotografias:

No hall de entrada
Um deque lindo, com cascata de água e um lago artificial
O quarto que nos hospedamos
 
Guarda-roupa com cofre


Mini cozinha com pia, micro-ondas, armários e cafeteira
No Hotel, há um restaurante Italiano super fofo
 Fiquei encantada com o deque. A noite fica iluminado com luzes coloridas, fui adiando o dia de fotografar nele, e, no último dia, estavam fazendo manutenção na área :(, triste. A diária saiu em torno de R$200. No site (link acima) dá para se fazer a reserva e eles dão um mapa da cidade e dos locais próximos como farmácia, mercado, restaurantes, delivery. Dali eu fui à todos os lugares principais que queria conhecer.

Para quem quer economizar
Essa dica é um complemento do hotel. Bem no cruzamento com a av. 9 de Julho tem um supermercado Carrefour. Dá pra se comprar comidas congeladas, pipoca, e outras besteiras para fazer no micro-ondas. As frutas estavam lindas e frescas, para as grávidas saudáveis convém deixar algumas no apartamento para comer após chegar exausta da rua.

Onde e o quê comer
Se tem uma coisa boa em Buenos Aires, é o Panini. Não, não é o churrasco. Não é o Alfajor (quer dizer, é também). O que eu mais comi e fiquei com gostinho de quero mais, foi o Panini! Por incríveis $36 uma coca-cola de 600ml (ou suco) e um Panini delicioso de jámon y queso! Equivalente à dez reais... e a gente aqui tendo que se contentar com joelho e caldo de cana do chinês. Ai que sacanagem. Eu não fotografei pois o hábito de tirar foto de comida não me pertence, então só posso dizer que é uma massinha deliciosa que ao mesmo tempo que é crocante é macia e se estica com recheio de presunto picadinho e queijo derretido. (perdi o endereço de onde vende, mas guardei o cartãozinho, depois atualizo aqui)
Mas para quem quer experimentar as carnes tão famosas de Buenos Aires eu recomendo o delivery do restaurante Alameda ou qualquer um dos deliciosos e premiados restaurantes de Puerto Madero (são mais caros). Não gosto de carne, principalmente vermelha e de porco. Mas comi o bife de lomo, que aqui é filé mignon, e estava bom demais, a fama é válida.  Puerto Madero tem uma vasta opção, de carne e massas, eu fui em quase todos, inclusive o Mc Donalds, risos. A vista vale a pena, por isso não quis comer em outro lugar.
Puerto Madero

Sobre alfajor. Hum.. peraí, deixa eu pegar um para comer se não, não consigo escrever, risos. São divinos! Vários tipos, gostos, texturas. Experimentamos o Havanna, que tem loja em cada esquina do centro, gostei do tradicional e do com cobertura de merengue. Em uma das Farmacity's, Barrili comprou vários Cachafaz, julgado como o melhor, e achei equivalente ao Havanna. No Carrefour, compramos caixas de Terrabusi, e do Milka mousse de chocolate branco e Suchard tradicional; esses dois últimos eram mais biscoitinhos - preferência do marido -, enquanto os outros são aquela massinha gostosa e acredito que mais característica.

Outra delícia que você não pode deixar de experimentar é o doce de leite Argentino. Que me desculpe meus parentes mineiros, mas é o melhor do mundo. Tenho duas indicações: Chimbote e La Salamandra. Ambos encontrados em mercado. Trouxe logo potes e mais potes, infelizmente, já acabei com todos. Mas além dos potes, vale a pena experimentar o delicioso churros com doce de leite do Café Tortoni e as tortas do Mc Donalds com merengue e doce de leite. Ah, todas as sobremesas em Puerto Madero eu pedi com doce de leite. Enfim, aproveitem para saborear essa delícia de várias formas.


Tente se comunicar. Nem que seja com portunhol
Algumas palavras de nosso vocabulário são parecidas, mas possuem significado diferente. Aí começa a confusão. Eu tive que acudir o marido várias vezes. Como já morei em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santos e Rio de Janeiro, tenho um sotaque bem variado e consigo me habituar a outro idioma com facilidade. Já o Barrili que nasceu e viveu no Rio de Janeiro se enrolou tentando não usar o "x" forçado a cada duas palavras. Mas, no decorrer dos dias, ele começou a se virar. O importante é arriscar. Estude algumas frases que vai usar com mais frequência. E desenrole a língua!

Por enquanto é isso.. Lugares para as compras, fica para a próxima. Buenas noches!
 


Mamãe bronzeada ha-ha!

Essa semana está acontecendo a feira de exposição da Mega Gestante e bebê onde muitas mamães vão a loucura buscando ofertas tentadoras. Não sei se sou exigente demais ou se o que vi era de gosto duvidoso, mas realmente, eu esperava mais. Não cogitava ir em hipótese alguma por não gostar de lugares cheios e abafados, foi quando vi uma postagem sobre uma de suas promoções na página do Facebook, aí não resisti. Foi um custo convencer o marido. Não que ele não goste de comprar coisinhas para a Rubi, mas também não gosta de "lugares cheios e abafados". Para chegar lá, demos a volta ao mundo. Sinceramente eu não lembrava que a Barra da Tijuca ficava tão distante de Niterói, principalmente com o trânsito insuportável por causa das obras espalhadas pela cidade do Rio. Tive que respirar fundo e ir tentando animar o Barrili, que já estava ficando sem saco e só não dava meia volta porque o trânsito não permitia, risos.
Já no Rio Centro, a primeira impressão foi "Que bom, não está cheio!". Chegamos às 16h da sexta-feira, imaginei que já estaria um caos - mas é no fim de semana que deve ficar insuportável mesmo. A primeira dica é: Faça uma lista. Sabendo o que poderia encontrar ali, eu anotei tudo, com tamanho e/ou quantidade; isso facilitou muito. A segunda dica é: Evite levar o marido. Tente ir com a mãe, amiga, ou afins. Ok. Essa seria muito difícil, pois, o marido é meu companheiro de todas as horas, mas é por pena dele mesmo. A primeira frase deste ser foi "ah, como queria que a Nicole morasse aqui". Começando a minha saga me deparei com o Barrili de cara amarrada, olhando tudo com bastante desdém, o trânsito o deixou exausto além de que naquela cabecinha masculina ele enxergava tudo igual dentre as peças expostas nos stands. Na verdade, até eu tive essa sensação.

Sinceramente fiquei frustrada. De acordo com o meu gosto, as roupinhas eram de tecidos nada nobre, como disse o marido "pobrezinhos mesmo". E pra quem foi em Buenos Aires comprar o eleito melhor e mais macio algodão do mundo que é o peruano da Baby Cotton, não condizia escolher aquelas peças. Eu até tentei, mas a minha lista de 10 bodys RN voltou exatamente como foi. E quando o Barrili viu que eu estava a procura disso, saiu perguntando velozmente em todos os stands se tinha body RN e voltou dizendo que só tinha 1 ou no máximo 2 e eram feios. Pois bem, ele ajudou (mas a intenção era ir embora logo dali). Então a terceira dica é: Garimpe. Eu consegui peças lindas, e por incrível que pareça, até a bolsa da Rubi comprei. Vamos ver o que consegui!

A bolsa maternidade nem estava exposta. Fui mexer nos sacos que ficam estocados abaixo das prateleiras e BINGO!
 
Essa ursinha estava presa na frente das duas bolsas, e achei ela muito feia. Descabelada, tem mais cara de rata do que ursa, risos. Sério, acho que meu humor de grávida está em modo TPM. Até que ficou bonitinha na foto.
Eu não quis o kit completo, no caso, com a mala grande, pois acho extremamente desnecessário no meu dia-a-dia. Veio um trocador. A intermediária, que chamo de bolsa do bebê é perfeita para levar à maternidade e saídas rotineiras. Resisti em trazer a frasqueira pois achei algo muito "nem" (gíria carioca) ficar carregando-a, risos. Mas eu não encontrei uma bolsinha menor e, ela é charmosa, e servirá para saídas rápidas; vou me adaptar. As duas custaram uma bagatela de R$250,00. Achei um preço maravilhoso! O Stand em que comprei foi o Magia e Fantasia.
 
Seguindo a mesma linha das bolsas, fiquei super feliz de, num stand próximo, encontrar essas peças que casaram perfeitamente.  Achei que não encontraria uma boa toalha, foi no último lugar que tentei. E olha que minha lista pedia três unidades. Acontece que a maioria tem pano fininho e duro e o tal forro é só uma fralda de pano nada agradável. Encontrei uma maravilhosaaaaaa. Super macia e com forro bem costurado. Custou R$50. O cueiro (R$30) para amamentar com privacidade e os paninhos de boca (R$25).

 Não me lembro em qual stand eu comprei, são paninhos de boca com comprimento de fralda de pano. Lindos e vermelhinhos. O pacote com os dois custou R$29.

Num dos stands de importados, Barrili escolheu este tênis super pink para a Rubi da Polo Ralph Lauren, custou R$130

Em outro stand, Barrili encontrou essa única roupinha que compramos na feira, também da Polo Ralph Lauren (R$95). Daí fui parar pra olhar e achei esse cobertor lindo da GAP (R$140) e o kit com três pares de meia Polo Ralph Lauren (R$55).

 


Para quem está montando o quartinho tem muita coisa. Porém muita coisa igual. Tem móveis apaixonantes lá, mas eu não teria coragem de comprar e aguardar chegar, já li vários casos de atrasos. Sou do tipo que só compra à pronta entrega e à vista. Enfeites de decoração são bem restritos, os bichinhos em sua maioria são leão, urso e girafa - nada do que eu procuro. Predominantemente coloridos e chamativos. Eu procuro itens clean. Kit higiene por R$150 (7 peças), dossel com cortinado de mosquiteiro de parede a partir de R$299. Nichos R$70 (3). Porta maternidade personalizados (esse eu até queria comprar, só que não tinha o fundo que gostei). Kit berços a partir de R$150 (lindos, mas eu não pretendo usar, quero apenas um jogo de lençol branco). Carrinhos de bebê (eu escolhi a marca Quinny, que por sua vez não vendia lá). Para quem gosta de ter estoque de fraldas, a drogaria Venâncio (que tem stand lá dentro) estava com uma promoção de fraldas, acho que era 100 fraldas por R$40, não tenho a menor certeza, sei que gerou uma fila quilométrica de papais enquanto as mamães continuavam as compras, risos.
 
Se vale a pena comprar roupas? Vale. Se - conforme a minha opinião - você não está procurando peças de qualidade e sim para o dia-a-dia. Pois nem para o dia-a-dia eu encontrei. Barrili disse que "não quer peças mais simples para usar por baixo ou em casa, quer peças de babar em qualquer momento", então, quem sou eu para questionar e trazer macacões por R$9,99 só por serem R$9,99. É possível encontrar boas roupinhas, o que encontrei não me agradou ou não tinha o tamanho que eu desejava. Lá tem um stand daquelas chupetinhas super queridas com nome do bebê e pedrarias. Com desenho de personagens, coroa, coração, ... não comprei para a Rubi porque o marido não quis aguardar.
Sobre o enxoval da mamãe aqui foi outra frustração. Tudo bem que não fui destinada à isso, já que fiz o enxoval materno em São Paulo e na Argentina. Mas tudo parecia roupa de velha, e não velha como minha avó pois ela se veste super bem. Panos estranhos, estampas feias, sei lá... não me agradou nem de longe. Não me arrependi de ter ido. Mesmo com o engarrafamento de duas horas para voltar pra casa. Fiz boas compras. Mas não vi nada demais nos preços (referente à coisas que eu compraria), encontraria as mesmas coisas em shopping e lojinhas de bebê.

 
Eu ainda não postei sobre Buenos Aires pois vai dar um trabalho, risos. Como podem ler, tem muito "eu" e "mas", pois é a minha visão e necessidade, cada um terá uma perspectiva de acordo com o que deseja e espera. Fiz questão de escrever logo sobre a feira, já que ela termina amanhã (30/03) e quem quiser conferir pode ter uma noção do que encontrar lá. Até as próximas dicas, beijos!